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domingo, 24 de janeiro de 2010

Propriedade Privada

A moça que me ajuda aqui em casa uma vez por semana se chama Silvia. O pequeno a chama de "Silva", pois ainda não consegue vocalizar todas as palavras corretamente.

Eis que outro dia o vovô estava ensinando a ele seu nome completo - no dia em que aprender a escrevê-lo por inteiro corretamente, já estará apto a prestar vestibular! Como bom brasileiro que é, seu último sobrenome é da Silva. E quando o avô terminou, ele franziu o cenho e disse indignado, com muita convicção:

- "Da Silva" não, vovô, da mamãe!!

sábado, 9 de janeiro de 2010

Usando o passado como base

Conforme amadurecemos, vamos aprendendo com a vida e as experiências a guiar nossos passos futuros com um pouco mais de segurança (!). Porque amadurecer é isso, tentar e errar. Aprender.

O perigo aparece quando identificamos uma situação similar a alguma outra que já vivemos no passado e para não sofrer de novo, recuamos. Acontece que as pessoas envolvidas não são as mesmas, as circunstâncias não são as mesmas, eu mesma não sou a mesma!

Ter medo é normal. Se não há medo, não há coragem. Deixar o medo tomar conta implica possivelmente não viver a melhor coisa que poderia ter acontecido nessa vida. Ou não.

Estou pagando pra ver.

Um pouco de mim

Surtei, e peço desculpas pela explosão.
Não quero te esquecer.
E vou continuar aqui até que você me diga o contrário.
Com todas as letras.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Caindo na real... Por favor, não me levanta!!

Não quero mais meias-palavras ou verdades ditas pela metade. Se é pra ser, que seja por inteiro. A dúvida me divide e me consome, me faz perder os sentidos, me aproxima da loucura, e eu não quero mais trilhar esse caminho que conheço tão bem e que há muito deixei para trás. Tenho ao meu redor tudo o que me mantém sã, com os pés no chão, mas basta uma palavra tua, o cheiro do teu perfume, para eu não prestar atenção em mais nada e perder completamnete a razão. Eu não quero viver assim. Eu não posso. Você me embriaga, e a ressaca que vem depois é dura demais, a realidade é dura demais, e dói. Dói muito. Dói muito imaginar que quem sabe em um universo paralelo você me veja com outros olhos, quem sabe lá você realmente me enxergue. Porque aqui você só vê o que está na sua frente, não faz idéia do que vai dentro. Mas não é culpa tua. A culpa é minha e não te dou. Essas coisas quase nunca são como queríamos que fosse, é uma loteria. E que puta inveja dos ganhadores! Só que quando me convenço de o mundo é como é e que às vezes a gente perde, vem você e me faz acreditar de novo que nenhum sonho é de todo impossível e faz brotar em mim a esperança que eu tento desesperadamente arrancar pela raiz. Isso não é justo! E não se atreva a se aproveitar da pouca emoção que eu te causo pra cativar outras pessoas, porque caso ninguém nunca tenha te contado, "tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"! Então se você quer sair por aí cativando, por favor, me deixa quieta. Não precisa prestar muita atenção em mim, eu vou ficar legal. Pelo menos vou ficar melhor que agora. E vou te esquecer. Prometo.

Descabele-se

Li esse texto no blog de uma amiga e adorei. Não sei quem escreveu, por isso não coloco os créditos, mas seja quem for, conseguiu captar tudo o que vai por dentro de uma mulher que se permite ser feliz com as pequenas coisas, que não cria rótulos para os outros nem para si mesma, que sabe que a vida passa muito rápido para perder tempo se preocupando com coisas que não fazem muita diferença, que sabe dar a devida importância ao que realmente é importante, que se ama, que ama a vida que escolheu para si, que ama as pessoas que compartilham essa vida com ela, que consegue sentir prazer pelo simples fato de estar viva! - eu juro que tento fazer tudo isso... E como viver - viver de verdade - descabela, aproveitem o texto!

"Hoje aprendi que é preciso deixar que a vida te despenteie, por isso decidi aproveitar a vida com mais intensidade. O mundo é louco, definitivamente louco! O que é gostoso, engorda. O que é lindo, custa caro. O sol que ilumina o teu rosto enruga. E o que é realmente bom dessa vida, despenteia...

- Fazer amor, despenteia.
- Rir às gargalhadas, despenteia.
- Viajar, voar, correr, entrar no mar, despenteia.
- Tirar a roupa, despenteia.
- Beijar à pessoa amada, despenteia.
- Brincar, despenteia.
- Cantar até ficar sem ar, despenteia.
- Dançar até duvidar se foi boa idéia colocar aqueles saltos gigantes essa noite, deixa seu cabelo irreconhecível...

Então, como sempre, cada vez que nos vejamos eu vou estar com o cabelo bagunçado... Mas pode ter certeza que estarei passando pelo momento mais feliz da minha vida. É a lei da vida: sempre vai estar mais despenteada a mulher que decide ir no primeiro carrinho da montanha russa, que aquela que decide não subir. Pode ser que me sinta tentada a ser uma mulher impecável, toda arrumada por dentro e por fora. O aviso de páginas amarelas deste mundo exige boa presença: arrume o cabelo, coloque, tire, compre, corra, emagreça, coma coisas saudáveis, caminhe direito, fique séria... e talvez deveria seguir as instruções, mas quando vão me dar a ordem de ser feliz? Por acaso não se dão conta que para ficar bonita eu tenha que me sentir bonita? A pessoa mais bonita que posso ser!

O único, o que realmente importa, é que ao me olhar no espelho eu veja a mulher que devo ser. Por isso, minha recomendação a todos que amo: entreguem-se, comam coisas gostosas, beijem, abracem, dancem, apaixonem-se, relaxem, viajem, pulem, durmam tarde, acordem cedo, corram, voem, cantem, arrumem-se para ficar lindas, arrumem-se para ficar confortáveis! Admirem a paisagem, aproveitem, e, acima de tudo, deixem a vida despentear vocês! O pior que pode acontecer é que, rindo frente ao espelho, vocês precisem se pentear de novo..."

Ótimo texto, né?? Na minha opinião, tudinho verdade!!
Porque não tem nada melhor que ser cúmplice de você mesmo se penteando de novo na frente do espelho!!


segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Chá no café

Cozinha da vovó, sábado de manhã cedinho. Entramos, e ela se encontra com uma xícara na mão, tomando seu café da manhã. Apontando para a xícara, ele pergunta:
- É café vovó, é? - ele adora café!
- Não meu bem, é chá.
Depois do olhar intrigado, ele junta as mãozinhas no peito e dispara:
- Chá... to?
Gargalhada.
E a vovó explica:
- Não querido, só chá.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Tempo com os filhos

Hoje fui andar de bicicleta na Lagoa e fiquei surpresa com a quantidade de famílias, papais e mamães que andavam por ali com seus pimpolhos. Alguns vestiam seus "trajes" de esporte, mas sempre com as crianças por perto. Outros passeavam alegremente comversando e admirando a vista. Um pai se limitava a ler o jornal apoiado no carrinho enquanto o rebento dormia.

Mas da mesma forma que isso me deixou feliz, também pude constatar a imensa quantidade de babás passeando com crianças cujos pais certamente tinham algo mais importante para fazer do que estar ali com elas. Sim, porque as babás são facilmente identificáveis, vão sempre vestidinhas de branco. Me pergunto o que há de tão importante num sábado de manhã cedinho, com um céu lindo como o que tínhamos hoje, que impedia esses pais de estarem com seus filhos. Nem trabalho justifica, porque de que serve trabalhar tanto se você não pode nem passear com seu próprio filho? Fora que, se alguém pode se permitir ter uma babá, com certeza pode também se dar ao luxo de desfrutar da companhia de sua criança. Porque então, de que vale ter filhos?

Não pretendo julgar ninguém, cada um sabe o que faz com sua própria vida. Mas quando decidimos ter filhos, nossa vida passa a não ser mais só nossa, e é egoismo continuar pensando da mesma maneira e continuar a fazer as mesmas coisas. Um filho muda a sua rotina, a sua cabeça, seu mundo inteiro, e você tem que aceitar isso. E abraçar isso. Porque não tem nada mais gostoso que acompanhar as etapas de um filho nem nada mais triste que olhar para o lado e ver de repente que seu bebê cresceu, e você não estava ali.

(500) days of Summer

Living my "Summer"time...