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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Acabou de acontecer...

A turminha do meu filho está junta desde o berçário e temos um grupo no Facebook onde combinamos passeios e atividades com os pequenos. É ótimo porque as crianças mantém contato mesmo com os amiguinhos que já saíram da escola (e eles se adoram!!).

Esse mês programei uma turma de scrapbook digital durante dois sábados. A primeira aula foi sábado passado e a segunda seria amanhã. Pois justo essa semana as mães marcaram um piquenique com as crianças!! Combinei com meu pai de levá-lo, mas fiquei muito triste por não poder participar. Pensei em ligar para a aluna e pedir pra adiar a aula, mas ela tem um filha pequena e eu não me sentiria bem bagunçando a programação dela. Então resolvi deixar assim mesmo.

Nesses momentos a gente reflete se vale mesmo a pena se empenhar tanto no trabalho ao ponto de comprometer o tempo com os filhos. O pequeno vai comigo às aulas, presta atenção como se fosse aluno e já sabe tudo de scrapbook digital, rs!! O passeio foi marcado poucos dias antes e eu programo as aulas desde o mês anterior, assim que procurei não me sentir tão culpada por não poder participar. Pelo menos consegui arrumar pra que ele não perdesse o passeio e fosse se divertir com os amigos!!

E há duas horas, minha aluna de amanhã me liga perguntando se poderíamos remarcar a aula porque ela não conseguiu ninguém pra ficar com a filha dela. Coincidência, né?? Coisa boa!! Obrigada Universo, por conspirar a meu favor!!  =D

Aqui jaz a menina mais linda

Depois que começa a descida do Alto em direção à Barra, passando o posto de gasolina, tem um muro à esquerda. Na verdade, se trata da parede em ruínas do que parece ter sido um dia um grande galpão. E por estar abandonado, serve de tela para os artistas do grafite.

Nesse muro tinha o desenho de uma menina. Cabelos ruivos soltos ao vento, olhos fechados, cabeça inclinada pra baixo, na mão direita pendia um ramalhete de flores. Só depois de passar várias vezes por ali percebi que algumas folhas voavam com o vento, se estendendo até o limite do muro. Quase dava pra sentir o perfume das flores se espalhando no ar! A menina levava um vestido simples, que apesar de ser escuro, tenho certeza que se tratava de um vestido de noiva. Era uma imagem que transmitia melancolia e serenidade. Eu ficava hipnotizada cada vez que passava por ela, talvez por toda a emoção que enclausurava. Torcia para que o sinal estivesse fechado pra poder parar em frente e observar com tranquilidade, retendo os detalhes daquele quadro tão belo feito ao relento. Era meu museu particular.

Sim, era. Porque essa semana me deparei com um olho amarelo cheio de imagens psicodélicas em volta, cobrindo o espaço onde antes estava a menina. Meu coração bateu descompassado, senti um aperto no peito e meus olhos encheram d'água. Demorei bastante pra me recuperar do susto, pra aceitar a ideia de que nunca mais a veria. E depois veio a culpa. Isso porque por várias vezes pensei em levar a máquina fotográfica pra deixar registrada a sua imagem. Seria necessário estacionar e descer do carro, pois o ponto de ônibus bem em frente impediria uma foto frontal, e a gente vai protelando, vai deixando as coisas pra depois, e nunca o fiz. Nunca fotografei meu grafite favorito. E agora ele está soterrado embaixo de um monte de tinta feia.

Depois da perplexidade veio a raiva. Como alguém que se denominava "artista" teria tido o desrespeito de fazer sua obra em cima de outra?? E depois de tantos anos!! É muita falta de consideração. Minha vontade foi voltar ali com um balde de tinta preta e jogar em cima daquela aberração amarela, escrevendo sobre o luto com letras garrafais "AQUI JAZ A MENINA MAIS LINDA". Obviamente foi só um ímpeto motivado pela minha angústia. Fazer isso me rebaixaria ao nível do autor do crime artístico e não traria a menina de volta. Do seu desenho, só sobraram as pétalas de seu buquê na extremidade do muro...

Então deixo aqui o meu apelo. Se alguém que me lê, por alguma casualidade aleatória, tiver uma foto daquele grafite, por favor me mande! Não que ele não esteja gravado na retina, é que tenho medo de esquecer...

Atualização em 29/10/2013 - O marido deu a ideia de procurar no Google Maps e as primas Lili e Alline me ajudaram, assim que aqui está ela!!!


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Os livros

Semana passada eu estava tentando abrir espaço na estante para colocar os livros que andei comprando nos últimos meses (leu a postagem anterior? então, tudo relacionado!). Selecionei alguns livros que não queria mais ler e pensei em "dá-los" a parentes e amigos com a condição de teriam que passá-los adiante ao terminar a leitura. Meu tio Tô, que mora em Belo Horizonte, me deu alguns livros nessas condições há uns anos atrás e achei a ideia muito interessante.

Hoje, ao abrir o Blogger, me deparo com essa postagem no blog da Enjoy. Motivo mais que suficiente pra sentar pra escrever sobre o café e sobre os livros. Vou fazer o possível pra manter o diário das sincronicidades atualizado!  ;)

Cheiro de Café

Eu adoro ler, até mais do que escrever! Se a história me envolve e tenho tempo, esqueço o mundo e me jogo dentro do livro. E foi assim desde sempre. Na verdade, desde que minha mãe me presenteou "O Caso dos Dez Negrinhos", de Agatha Christie. Eu devia ter uns 8 ou 9 anos e a partir daí comprava um novo na banca de jornal sempre que podia. Aos 12 já havia lido quase todos e foi assim que me tornei uma devoradora ávida.

Com o tempo os livros foram mudando de tema e eu ia alternando entre os técnicos, os de auto-ajuda, os religiosos e os romances. Confesso que nos últimos 3 ou 4 anos devo ter lido um ou dois livros no máximo. E de repente, em agosto deste ano, "descobri" Zíbia Gasparetto na revista da Avon. Sempre tive curiosidade de ler "Violetas na Janela", acho que até comecei uma vez, mas deixei de lado. Dessa vez foi diferente. Comprei um, depois comprei 2 e quando a revista apresentou 4, levei todos. Passei a ler nos momentos "vazios" do dia: quando esperava a van para vir pro trabalho, quando esperava a van para voltar do trabalho, na sala de espera do consultório, na hora da novela. E quanto mais eu lia, mais eu queria! Acontece que minha casa é pequena, as prateleiras já estão abarrotadas de livros e comecei a ter problemas de espaço - porque livro tem que ficar à mão, à vista, exposto, não dá pra colocar numa caixa e guardar no armário das coisas esquecidas!

Eis que então, pela primeira vez, cogitei a possibilidade de comprar um tablet. Seria uma maravilha poder guardá-los todos na palma da mão! Ia optar pelo Kindle, já que minha intenção seria apenas ler, mas um companheiro de trabalho me recomendou o Galaxy Tab. Me explicou que tinha as mesmas funcionalidades do Kindle e eu ainda podia usar os recursos do Android. Fiquei estarrecida com o preço, tão mais barato que outros tablets que eu via por aí!! E comecei a comprar meus livrinhos, devorando um a um com muito mais praticidade!

Mas vamos à postagem (sim, isso tudo até aqui foi só o prólogo, rs...). Depois de passar por Zíbia, Chico Xavier e Machado de Assis, estou lendo "Os 7 Segredos da Sincronicidade", de Trish e Rob MacGregor, uma coletânea de histórias e "dicas" de como acentuar esses acontecimentos na vida diária.

Moro no segundo andar de um prédio de 3 andares (prédio antigo, o primeiro andar é o próprio térreo) e nosso apartamento é de frente pra rua. Outro dia cheguei no portão e fui envolvida por um cheiro bom de café. Meu marido não vive sem, eu também não, e torci pra que estivesse vindo lá de casa, pois notei a porta da varanda aberta. Chegar de um dia estressante de trabalho e encontrar um café quentinho seria tudo de bom! Mas ao subir as escadas o cheiro passou, também não estava no corredor e cheguei a duvidar que fosse lá de casa. Mas era! Abracei forte o marido e fiquei feliz por aquele pequeno mimo inesperado, ainda que ele não tenha entendido nada...

Há dois dias, presa no engarrafamento, a cinco minutos de casa e ao mesmo tempo tão longe, fui envolvida de novo por aquele cheiro de café. Tinha acabado de ler um capítulo que dizia que as pessoas devem acreditar sim nas pequenas "coincidências" que acontecem, e quanto mais elas acreditarem, mais esses eventos vão acontecer (dizia também que uma maneira de aumentar sua periodicidade é passar a anotá-las em um diário, e aqui estamos!). Podia ser o café de algum vizinho dali, afinal o carro estava parado, a janela aberta e eu me encontrava relativamente perto da calçada. Mas também podia ser o café lá de casa, por que não? Peguei o telefone e liguei para o marido. Ele demorou a atender.

- Oi, tá tudo bem?
- Tudo bem.
- Deixa eu te perguntar, você fez café?
- Sim, está passando, demorei a atender porque estava na cozinha.

Certo, o marido estava passando café e eu senti o cheiro a 5 quadras dali. Seria o cheiro do café dele? Acho pouco provável. Mas foi uma feliz coincidência que me tirou dos pensamentos pesados do engarrafamento e que me fez sentir bem por saber que tinha café quentinho me esperando!

Basicamente, sincronicidade é isso. É o universo conspirando pra que a gente seja feliz (já dizia Paulo Coelho!) Feliz coincidências pra vocês também e um ótimo fim de semana!


terça-feira, 8 de outubro de 2013

Hoje ele estava inspirado...

No café da manhã:
- Mãe, o coração não é assim (e desenhou um coração na mesa)
- Ah, não?
- Não! Aqui embaixo tem duas "aveias" que levam o sangue pra cima e pra baixo! - explicou ele.

Na saída da escola:
- Mãe, sabe qual a parte íntima do carro que eu mais gosto?
- Não - respondi intrigada, com a certeza de que não tinha entendido a pergunta.
- A traseira do Fiesta.
- E por quê isso de parte íntima?
- Ué, a gente não tem bumbum? Então, a traseira é o bumbum do carro!

No lanche da noite:
- Mãe, com quantos anos a gente morre?
- Só quem sabe isso é o Papai do Céu.
- Nem o Google sabe??
Não deu nem pra argumentar, rs....

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Escolhas

Essa semana marido e eu assistimos a um romance muito bonitinho chamado "Para Sempre" (The Vow). Conta a história de um casal apaixonado que sofre um acidente de carro, ela fica em coma e ao acordar, não recupera a memória dos últimos anos de sua vida. Ou seja, não se lembra do marido que tanto a ama e ele corta um dobrado para reconquistá-la.


O que mais me chamou a atenção nessa história é que quando ela acorda, está literalmente de volta ao passado, quando estudava Direito, morava com os pais e estava noiva de outro homem. Ela não se lembra de como chegou a ser quem o marido dizia que era, uma escultora reconhecida que havia abandonado o noivo e não falava com os pais havia muitos anos. Obviamente ele conhecia seus motivos, mas foi digno o suficiente de não contar a ela, deixando-a livre para tomar seu próprio caminho.

Ela larga o marido, volta a morar com os pais e aos poucos vai descobrindo os motivos que a fizeram a tomar aquelas decisões de antigamente. A única diferença é que agora ela retoma os laços familiares e a vida acaba levando-a a repensar suas escolhas. Em nenhum momento ela deixa de ouvir seu coração.

Essa história me levou a pensar que isso de que "ai se eu pudesse voltar no tempo, teria escolhido diferente..." é uma tremenda roubada. Ainda que voltássemos no "tempo", muito provavelmente as escolhas seriam as mesmas, só que desde uma outra perspectiva, com mais consciência. Talvez porque no fundo nossa essência não muda. Somos sim o acúmulo de nossas experiências, mas uma grande parte de nós mesmos é apenas nossa essência e essa não muda nunca!! É ela que nos leva a escolher um caminho em detrimento de tantos outros e ainda que não cheguemos a lugar algum ou que o resultado não seja o que esperávamos, de acordo com o nosso íntimo era por ali mesmo que tínhamos que ir!

Então, fica a dica. Quer fazer diferente? Comece agora! Quer mudar o rumo das coisas? Dê o primeiro passo. Não procure no passado justificativas para o que não está de acordo com os seus sonhos no momento. Sua vida atual depende sim de suas escolhas anteriores, mas para mudar, é só começar a fazer as escolhas certas!!

*** Parábola ***

Um jovem aprendiz querendo saber o segredo do sucesso perguntou ao seu mestre:
- Mestre, qual o segredo do sucesso?
O mestre respondeu:
- Fazer as escolhas certas!
Não contente e ainda em duvida, o jovem continuou:
- Mas como faço para fazer as escolhas certas?
O mestre respondeu:
- É preciso sabedoria!
Ainda não contente, o jovem perguntou:
- Como faço para ter sabedoria?
O mestre respondeu:
- Busque a experiência!
Não entendendo e com receio, o jovem indagou:
- Mas como buscar a experiência?
O mestre respondeu:
- Faça as escolhas erradas.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Horário de Verão

Eu gosto do horário de verão, só não gosto quando acaba e a gente sai de casa no escuro. Estávamos na Radial Oeste, três pistas de cada lado em uma reta enorme, e eu comentei:
- Filho, olha só, lá na frente o dia está amanhecendo cor de rosa e laranja e lá atrás ainda é de noite - disse olhando pelo retrovisor. E ele respondeu constatando:
- Ih, é, mãe, que legal! O escuro está indo pro Japão!
=D

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Os últimos 10 meses

Essa postagem era pra ter sido feita no início de dezembro. Como sempre, dezembro foi um mês atribulado e janeiro finalmente está acabando, o que comprova meu pensamento que o ano acontece mesmo entre fevereiro e novembro, os 10 meses que sobram.

Meus últimos 10 meses foram muito intensos. Conheci o homem da minha vida (sim, ele existe e está onde você menos espera!), vivi uma experiência emocionante em casa, perdi o domínio da minha vida, da minha rotina, e ganhei sabedoria ao aprender a aceitar o que não posso mudar. Aprendi a ter paciência, a engolir sapos sem revidar, a ficar quieta quando todas as minhas células se agitavam para tomar uma atitude. Valorizei o meu modo de pensar, pratiquei o desapego, abri mão de muita coisa que um dia foi importante, mas que no fundo não era. Fiquei mais seletiva.

Depois veio dezembro mais parecendo um tsunami, só voltei em mim depois do Natal. A correnteza forte me levou pra outro lugar, mas não me permitiu ancorar de cara, no meio do caminho fui abduzida. Se já é difícil mudar de casa, imagina mudar e dois dias depois se instalar no hospital porque seu filho de 5 anos teve apendicite. Coisas que acontecem. Fui trabalhar de chinelo porque não sabia onde estavam meus sapatos. Aliás, só sabia onde estava o chinelo que estava usando! Voltamos a tempo para jantar na noite de Natal. O reveillon por pouco não fomos nós dois vendo filmes na tv (o que teria sido muito bom também, por assim dizer!)

Janeiro foi época de baixar a poeira, de cada coisa ir para o seu lugar. Ainda falta bastante, mas bem menos do que faltava. A casa começa a tomar forma e a nova vida também. Mais uma vez cultivei a paciência, a calma, o equilíbrio (tudo bem que 90% do tempo continuei desvairada, mas foi uma boa tentativa!). Olhando pra frente, vejo alguns montes a serem escalados, bem menores e bem mais suaves que os mares que desbravei. E mais sequinhos também... Assim que semana que vem me caso e começo a aproveitar realmente os próximos 10 meses de mansidão!