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sábado, 17 de outubro de 2009

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Uma das coisas mais tristes de ser mãe solteira é não ter com quem compartilhar as pequenas coisas. Aquele primeiro risinho do bebê, o sorriso, as carinhas engraçadas e até um jato de cocô molinho que sai justo quando você está no meio de uma troca de fraldas e te acerta bem no meio da barriga. E você olha pro lado, rindo feliz, querendo contar e mostrar, e ali não tem ninguém. Você percebe então que esse é o desafio, são só vocês dois, e ele é o seu presente.

No caso do cocô, a mulher-polvo aparece. Você não fazia nem idéia que ela existia, aliás, você não fazia idéia de muita coisa antes daquela coisinha linda entrar na sua vida. Uma mãe tem dez mãos, oito braços, seis pernas, voz de trovão, canta como os anjos e tem o maior coração do mundo, cabem tudo e todos ali dentro. Ela é especialista em pequenos dodóis, mordidas de mosquito no meio da noite, suquinho no canudo e potes com biscoito, incorpora com perfeição o Homem-Aranha e imita como ninguém o leão, arrancando risadas gostosas daquela boquinha cheia de dentes. Enfim, ela é altamente especializada...

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