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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Nova York, eu te amo!

Um bom filme é aquele que surpreende quando não se espera absolutamente nada dele (ou talvez surpreenda justamente porque não se espera nada dele - com a vida não é assim?!) O certo é que esses são os melhores, o que escolhemos porque é o que está começando naquele momento, pelo título somente, ou porque Bradley Cooper é um gato e Tomates Verdes Fritos ficou na memória...

É aquele em que você se vê na pele dos personagens, que te arranca suspiros imaginando como você se encaixaria perfeitamente naquela cena, que faz uma lágrima rolar, que te toca a alma. Principalmente, é aquele que te faz pensar sobre a própria vida e o que você está fazendo com ela!

Não precisa ser um filme cabeça, cinema é pra relaxar, não pra esquentar mais o coco, que para isso já basta o dia-a-dia. E no final você sai da sala um pouco mais leve, mais animada, porque a história te acende, te dá uma dose extra de motivação pra reinventar a sua própria história. Esse é um bom filme.

E Nova York, eu te amo! é esse tipo de filme, que convence sem ser pretencioso, feito de pequenas histórias inacabadas que te atiçam a imaginação, que te deixam com um gosto de quero mais na boca. Principalmente porque você tem certeza que tudo aquilo pode ser real, que de fato é real para alguém em algum lugar do mundo, e isso é muito bom! Faz você perceber que a sua realidade também pode ser mais colorida, que um jantar com seu marido que não sai do celular pode se transformar em algo muito agradável se você souber fazer a sua parte, que muitas vezes não temos oportunidade de concluir as coisas e por isso não é bom adiar pequenos prazeres e o que te faz feliz, que aceitar a limitção dos outros valorizando verdadeiramente o interior das pessoas pode te trazer surpresas agradáveis, que se permitir viver uma paixão sem culpa é como provar o lado proibido da vida. Mas quem te proibe??

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