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terça-feira, 23 de março de 2010

Íntimo

O que fazer quando o passado dá as caras de repente sem ter sido chamado? Como controlar as emoções, onde colocar os sentimentos? E principalmente, como evitar se tornar aquela pessoa chata carente que precisa de atenção, nem que seja só naquele momento?

2007 foi o melhor e o pior ano da minha vida. O melhor porque meu filho nasceu, reencontrei pessoas queridas (...e só). O pior porque engravidei estando sozinha, meu ex demonstrou muito desequilíbrio durante todo o período (e eu também, óbvio), porque as pessoas que sairam e entraram na minha vida naquele ano me marcaram para sempre, ou porque voltaram depois, ou porque foram embora porque eu expulsei. Me recuperei só de algumas. E continuo expulsando aqueles que eu mais quero que fiquem.

Mais uma vez, pra mim mesma: cada um segue o que lhe corresponde, amar é abrir mão de todo e qualquer controle, as fraquezas e tristezas são minhas e só minhas, não adianta querer dividir com ninguém pra aliviar a carga, isso não acontece. Estar sozinha significa ter que lidar na marra com todos esses sentimentos e transformá-los em algo positivo, mesmo quando eles passam por cima de você tal qual um rolo compressor. Ninguém nunca fará por você o que você mesma não estaria disposta a fazer, então, não importa ter ou não alguém do lado, naquela hora crítica, vai ser você contra você mesma, e adivinha, você vai perder. Sempre.

Não sei mais o que dizer pra mim mesma nessas horas, é terrível saber o que não se pode fazer e ainda assim perder o controle. É muito triste não ter ninguém ao lado pra te ouvir e compartilhar teu choro, porque essa tristeza é só tua e você tem que se virar com ela. Eu não quero mais sofrer, mas acabo cometendo os mesmos erros uma e outra vez.

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